sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sabiá

Onde anda o sabiá que havia em mim?
Por que seu canto não contagia mais todo o espaço?
Talvez porque ele esteja alegre
e foi cantar em outras janelas

Ou talvez ainda esteja triste
e calou-se enquanto a primavera tarda a voltar
Quem sabe ele ainda se sinta sozinho
Como uma voz que canta para ninguém ouvir

Quem sabe simplesmente cansou
de consolar quem se acha incapaz
e resolveu encantar outras platéias

Não sabes tu, sabiá
que o silêncio também é manifestação
de quem sem palavras tenta se fazer entender
de quem achou no afagar uma forma de expressar

Voa, voa livre e volta logo
seu canto ainda é esperança e calma
para o coração de quem ouve e canta.


Alexandre Henrique, 08-10-2010 às 09:57

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Soneto da (in)certeza


Segue a roda

Passa moda

e numa volta

tudo muda



Ida e vinda

morte e vida

e sem saída

tudo fica



certo e errado

estrada e passado

tudo perdido



sentidos à prova

olho, vejo, sinto, respiro

tudo certo agora





Alexandre Henrique, 5 de outubro de 2010

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