sexta-feira, 20 de maio de 2011

Pranto

Chora a estrada
e a noite ébria
Chora as ruas
e minha imagem
etéria.

Chora o céu
e seu pranto
germina a vida
enquanto chora
eu. E o que
nasceu?

Chora o poeta
versos de lamúria
chora o homem
por trás da sua fúria
Choro eu
porque a quem amo
não posso ter.

E num recanto
onde o pranto fica
do lado de fora
pessoas giram
numa roda
e por um instante
todo o passado
parece enfeites
de estante.

Mas dor que é
dor ainda faz,
sem temor,
sofrer quem,
por amor,
insiste em viver.





Alexandre henrique

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