Só sei que amo,
que vivo a procura
de certezas já prontas,
de substâncias que preencham.
Só sei que amo.
Não é o mesmo de se sentir amado,
é um amor platônico.
Amo a ilusão de amar.
Só sei que amo
e amo tanto que minhas pernas bambas ficam.
Como esquecer algo que só se realiza no sonho?
Só sei que amo
Cada dia da minha vida,
Meus amigos, minha família.
Só sei que amo.
E viver é não parar de amar.
Alexandre Henrique, 28 de março de 2011
segunda-feira, 28 de março de 2011
sábado, 26 de março de 2011
Inspiração
Bela como a cachoeira que se esconde
Subjetiva como uma obra da Frida
Ponte entre felicidade e realidade
quando se faz presente, muda a vida
É ela. A saudade
que invade tudo e deixa brechas
vazias.
É ela que faz lágrimas rolarem
ao sentir um aroma que lembra
alguém.
Hoje ela se fez presente
fiz sala como bom anfitrião
Tudo
guiado pela sua regência.
Que música triste ela compõe
Que poema melancólico ela inspira
Que comportamento estranho ela incentiva
Bateu ficou
A poesia saiu. A melodia se fez.
Alexandre Henrique, 26 de março de 2011
Subjetiva como uma obra da Frida
Ponte entre felicidade e realidade
quando se faz presente, muda a vida
É ela. A saudade
que invade tudo e deixa brechas
vazias.
É ela que faz lágrimas rolarem
ao sentir um aroma que lembra
alguém.
Hoje ela se fez presente
fiz sala como bom anfitrião
Tudo
guiado pela sua regência.
Que música triste ela compõe
Que poema melancólico ela inspira
Que comportamento estranho ela incentiva
Bateu ficou
A poesia saiu. A melodia se fez.
Alexandre Henrique, 26 de março de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
Poema para Anônimo
Não posso te pedir nada.
Não tenho esse direito.
Não tenho culpa se minha estrada
cruza pela tua
Não posso fazer nada
Estou de mãos atadas
sem saber como falar
o porque de isto lhe escrever
Não posso.
Eu paralizo com tua presença
e sofro demais com sua falta
Solto a voz num quarto oco.
Não se sinta culpado
eu que fui descuidado
de cair na mesma armadilha duas vezes
a vida segue.
Se o vigor me abandona
Se a garra de seguir em frente finge não me conhecer mais
Se nem mesmo a lua cheia exerce o mesmo fascínio de outrora
A culpa não é sua
Faz parte de ti ser assim
do jeito que eu sempre quis do meu lado
Faz parte de ti ser assim
e a mim, nada posso fazer
Distância
Tempo
Remédios não eficazes
quando o que se sentia
ainda se faz existir.
Alexandre Henrique, 23 de março de 2011
Não tenho esse direito.
Não tenho culpa se minha estrada
cruza pela tua
Não posso fazer nada
Estou de mãos atadas
sem saber como falar
o porque de isto lhe escrever
Não posso.
Eu paralizo com tua presença
e sofro demais com sua falta
Solto a voz num quarto oco.
Não se sinta culpado
eu que fui descuidado
de cair na mesma armadilha duas vezes
a vida segue.
Se o vigor me abandona
Se a garra de seguir em frente finge não me conhecer mais
Se nem mesmo a lua cheia exerce o mesmo fascínio de outrora
A culpa não é sua
Faz parte de ti ser assim
do jeito que eu sempre quis do meu lado
Faz parte de ti ser assim
e a mim, nada posso fazer
Distância
Tempo
Remédios não eficazes
quando o que se sentia
ainda se faz existir.
Alexandre Henrique, 23 de março de 2011
sábado, 19 de março de 2011
Estrela
E lá vai ela.
Acreditando que a vida é bela
Tirando cores de uma aquarela
Pintando cenas que vê pela janela
Qual o nome dela?
Amélia? Daniela? Mariela? Cinderela?
É alguém na cidadela
dando vida à uma idéia
Anda no meio da rua como se fosse uma passarela
Sua janta é pão e mortadela
Vai à praça com uma saia amarela
Ao mendigo dá torrada e geléia
Vive a vida numa fresta
de uma cidade em falso alerta
Samba a "Modinha para Gabriela"
e se enamorou de um poeta
Quando ébria canta Ella
Janis, Rita, Aretha, Zélia
Quando sóbria toma chá de canela
na varanda, flores de camélia
Do seu caminho tira a pedra
No seu colar, uma pérola
Força e fibra tem Estela
o cisne branco, a gazela
E então segue Estela
andando alegre e serena na cidadela
acenando para quem olha pela janela
Chegou ao seu homem e disse "É ela"
E a brisa ficou ainda mais etérea
Paisagens ficaram muito mais belas
Sentiu que o coração do seu amado agora gela
palavras doces se tornaram quimeras
E hoje vive Estela
não mais sozinha aquelas telas
quatro mão e dois pincéis na aquarela
Sua vida agora é Ela e ela.
Alexandre Henrique, 19 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
Formas

Formas que informam
formas que formam
formas que foram
formas que mostram
Formas de desejo
formas suas
formas que anseio
sobre as minhas
Formas que instigam
que levam a razão
Formas que provocam
formas suas
Formas pelas quais chegas
e formas em mim pessoa nova
formas que se esvaiam
formas minhas que querem ser suas
adota essas formas que clamam
que não se conformam com tão abundante distância
olha minhas formas e me veja
e deixa que nossas formas se tornem uma
Alexandre Henrique, 17 de março de 2011
terça-feira, 15 de março de 2011
Fala
Junto milhares de traços
Coloco tudo num turbilhão de significados
Presente e passado
e pondero o exagero
Cada ponto fala em cada ponto
conta um ponto, canta um canto
Símbolos, como por encanto
terminam deixando alguem em prantos
Tão orgânica e sanguínea
como a filha que nunca tive
ou fui, e voltei na forma errada
um declive e mais nada
Sem erratas ou correções
Levo apenas a emoção,
da longa e infinita jornada,
de ser feliz e mais nada
É assim que meu corpo fala.
É assim que minha alma se expressa.
Formas, formas e formas
caligráficas, corpóreas
estéticas e normas, normas e normase minha natureza fala.
Alexandre Henrique, 15 de março de 2011
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