E lá vai ela.
Acreditando que a vida é bela
Tirando cores de uma aquarela
Pintando cenas que vê pela janela
Qual o nome dela?
Amélia? Daniela? Mariela? Cinderela?
É alguém na cidadela
dando vida à uma idéia
Anda no meio da rua como se fosse uma passarela
Sua janta é pão e mortadela
Vai à praça com uma saia amarela
Ao mendigo dá torrada e geléia
Vive a vida numa fresta
de uma cidade em falso alerta
Samba a "Modinha para Gabriela"
e se enamorou de um poeta
Quando ébria canta Ella
Janis, Rita, Aretha, Zélia
Quando sóbria toma chá de canela
na varanda, flores de camélia
Do seu caminho tira a pedra
No seu colar, uma pérola
Força e fibra tem Estela
o cisne branco, a gazela
E então segue Estela
andando alegre e serena na cidadela
acenando para quem olha pela janela
Chegou ao seu homem e disse "É ela"
E a brisa ficou ainda mais etérea
Paisagens ficaram muito mais belas
Sentiu que o coração do seu amado agora gela
palavras doces se tornaram quimeras
E hoje vive Estela
não mais sozinha aquelas telas
quatro mão e dois pincéis na aquarela
Sua vida agora é Ela e ela.
Alexandre Henrique, 19 de março de 2011
PS: tentei horrores separar as estrofes só que não colou. tentem imaginar com um espaço a cada 4 versos.
ResponderExcluirObrigado a todos que lêem os meus poemas. E um muitíssimo obrigado a quem acompanhou (e acompanha) minha evolução.
Um dia chego lá!
sinceramente, achoq ficou muito bom assim corrido e leve. gostei muito msm.
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