quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Poema Indigente Nº 2

Livre como o verso
que não pede para nascer
Simplesmente chega e abraça
a branca folha com ideias vagas.

Na Caixa de Pandora não há águas
só a longa e isolada estrada
e cada passo semeando saber
sendo errado ou certo.

Beira o cérebro
um longo arrepio de prazer
subindo pelo corpo ainda em brasa
faz a matéria correr e pular em tuas marés rasas

Seja livre como o verso
Sou objeto do seu longo prazer
Sei esquentar todas as mínimas brasas
para nossos corpos em fogueira tornar ao nada.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Aprendiz

Não me arrependo de cada verso
de cada dia do inverno
que vivia eu com livros lendo
linhas saindo e lágrimas ao avesso

Só me resta tirar o fruto
de um momento um suco
que não se quer beber muito
eu só quero o amor absoluto

Sei que a vida não é fácil
mas é só um passo para ser feliz.
Eu sou e sempre serei um aprendiz.

Aprendi com os discos, revistas e livros
pessoas, pais e filhos
homens, mulheres e bichos
que o ser é a utopia de estar vivo.

Se as escolhas foram certas
o objetivo miro de flecha
a vida inteira como porta aberta
para arrancarem um coração e plantar lá uma pedra

Me disseram que a vida não é fácil
mas é só um passo para ser feliz
Não sou mais nada a não ser um aprendiz.

Se a existência desabrocha em flor
pulsa no peito a tenra dor
em sortimento de cor
ser aquela pena que não serve para compor

Gira a roda da fortuna, vira a mesa
Hoje os olhos vêem beleza
por trás do que a natureza
tratou de jogar pele por cima de toda pureza

Vi sorrisos, saltos, gritos
um abraço amigo desenhado à giz
Eu sou e sempre serei um aprendiz.
Sei que a vida não é fácil
mas só um abraço pode me deixar feliz.
Levanto a bandeira e grito: Sou um eterno aprendiz.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Poemas para o corpo - Trajetória

Corre a língua em todo corpo
percorre um arrepio que vem subindo
Pulsa e pulsa desejo pulsante
dentro do oco vindo no ser viajente.

Sou só um estranho em sentimentos
desses com a voz rouca de bebida
e alucinado corre a língua em corpo alheio
pensamento instiga a andar nos fins e meios

Uma gota de suor percorre cada curva
Faz meus olhos virarem e ver somente somente um nada
projetando imagens, delírios, vestígios de existências anteriores
E assim meu corpo experimenta uma chuva
Um poema história brota como olho d'água
Um poeta sofre desilusões e desamores.

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